Ato pela anistia tem baixa adesão e enterra de vez chances de aprovação do projeto na Câmara
O ato realizado neste domingo (6) em Brasília, em defesa da anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, teve público abaixo do esperado e serviu como um sinal claro à Câmara dos Deputados: o movimento perdeu força. Com pouca participação popular, a mobilização não conseguiu demonstrar o respaldo social necessário para pressionar o Congresso Nacional a levar adiante o projeto de lei que propõe anistiar os réus dos ataques às sedes dos Três Poderes. Organizado por grupos ligados à base bolsonarista, o protesto tinha como objetivo mostrar apoio popular à anistia e sensibilizar os parlamentares indecisos. No entanto, o esvaziamento do evento frustrou os organizadores e deixou claro que a proposta enfrenta resistência até mesmo entre setores que, em outros momentos, demonstraram mobilização expressiva.
A expectativa inicial era de que milhares de pessoas comparecessem à Esplanada dos Ministérios, repetindo cenas de outras manifestações marcadas pelo tom conservador e pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, o público presente foi consideravelmente menor, algo que chamou atenção não só da imprensa, mas também de deputados que acompanhavam os desdobramentos de forma atenta. Na avaliação de líderes partidários, o ato serviu como um “termômetro político” do tema. A baixa adesão foi interpretada como um recado direto: o movimento em favor da anistia não tem a força necessária para pautar o Congresso. Muitos parlamentares que estavam em dúvida sobre apoiar ou não o projeto agora se sentem mais seguros para enterrá-lo de vez, diante da falta de respaldo popular.
Além disso, parlamentares da oposição e do centro afirmaram que o enfraquecimento do movimento facilita o arquivamento da proposta, evitando desgaste com a opinião pública e com o Supremo Tribunal Federal, que tem reiterado que a tentativa de golpe precisa ser punida exemplarmente. O enfraquecimento da mobilização também indica um certo desgaste entre os próprios apoiadores do ex-presidente, que parecem mais cautelosos diante das investigações em curso. Com isso, o ato deste domingo acabou tendo um efeito contrário ao pretendido: ao invés de fortalecer a causa da anistia, enfraqueceu ainda mais sua viabilidade política. A leitura predominante em Brasília é de que o projeto, que já enfrentava resistência, agora está definitivamente fora do radar do Legislativo.
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