Ministros Indicados por Bolsonaro Votam Contra Salvo-Conduto e Reforçam Independência do STF.
A recente derrota de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) evidencia a precariedade de sua situação jurídica e política, mesmo entre aqueles que ele próprio indicou para a Corte. Por unanimidade, os ministros do STF confirmaram a decisão do ministro Kassio Nunes Marques de negar um salvo-conduto ao ex-presidente, no contexto do inquérito sobre a tentativa de golpe.
Notavelmente, até mesmo os ministros indicados por Bolsonaro durante seu mandato votaram contra ele, reforçando a legalidade e independência do tribunal. A origem do pedido de habeas corpus é inusitada: um advogado bolsonarista, sem procuração para atuar em nome de Bolsonaro, solicitou ao STF um salvo-conduto preventivo para impedir uma eventual prisão do ex-presidente. O argumento utilizado pelo advogado é que a prisão de Bolsonaro seria "só uma questão de tempo". No entanto, a solicitação não foi bem-recebida pela Corte.
O ministro Kassio Nunes Marques, nomeado por Bolsonaro em 2020, foi o primeiro a se pronunciar. Em sua decisão, Nunes Marques afirmou que não havia provas de constrangimento ilegal ou qualquer irregularidade "evidente" na investigação contra o ex-presidente. Ele também destacou que Bolsonaro não havia manifestado interesse ou ciência sobre a iniciativa, sublinhando a importância da legitimidade universal do habeas corpus ser vista de maneira subsidiária. Argumentou que iniciativas não consultadas poderiam prejudicar a estratégia processual do próprio Bolsonaro, interferindo em sua defesa técnica.
O advogado responsável pelo pedido recorreu, mas Nunes Marques manteve sua decisão e levou o caso ao plenário virtual do STF, permitindo que os demais ministros registrassem seus votos de forma assíncrona, sem debate em tempo real. O resultado foi uma rejeição unânime do salvo-conduto, com exceção do ministro Alexandre de Moraes, que se declarou impedido devido ao seu papel como relator do inquérito.
Segundo, a derrota de Bolsonaro no STF, mesmo quando apoiado por advogados alinhados politicamente com ele, sublinha a falta de base legal para proteger o ex-presidente de possíveis consequências jurídicas. O advogado que apresentou o habeas corpus tem um histórico de pedidos semelhantes em favor de Bolsonaro e seus aliados, mas sua iniciativa mais uma vez falhou em encontrar respaldo jurídico. A decisão também destaca um movimento crescente de tentativas "extraoficiais" de proteger Bolsonaro e seus associados, frequentemente sem consulta aos advogados oficialmente constituídos.
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