O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado pela Polícia Federal (PF) a depor nesta quinta-feira (22) sobre sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu as eleições de 2022.
A intimação faz parte da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma organização criminosa formada por membros do governo e militares que planejaram sabotar o sistema eleitoral e impedir a posse de Lula.
A investigação foi aberta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que também é o relator do caso. Moraes autorizou a realização de buscas e apreensões nas residências e nos gabinetes de Bolsonaro e de seus ex-ministros Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
A PF também apreendeu documentos, computadores, celulares e armas. Entre as provas encontradas pela PF, estão um vídeo de uma reunião ministerial de julho de 2022, em que Bolsonaro convoca seus ministros para acionar o "plano B" e evitar a derrota nas eleições; um documento com conteúdo golpista que anunciaria a decretação de estado de sítio e a imposição da garantia da lei e da ordem no país, encontrado na sede do PL; e mensagens de WhatsApp de empresários que discutiram o golpe com Bolsonaro e seus aliados.
A defesa de Bolsonaro pediu para adiar o depoimento, alegando que não teve acesso à íntegra das provas. No entanto, Moraes negou o pedido e disse que a defesa já teve acesso aos elementos de prova documentados nos autos, com exceção das diligências em andamento e da colaboração premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que delatou o esquema.
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