VAI CAIR! Místico Rompe o Silêncio e Moro não tem Salvação | 18/01/2024

Sérgio Moro já está sob investigação! Inquérito é mais um exemplo de que Bolsonaro será o próximo.

O ex-juiz e senador Sérgio Moro está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de fraude em uma delação premiada feita há quase 20 anos. O ministro Dias Toffoli autorizou a abertura do inquérito em dezembro de 2023, após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal (PF). 

O caso foi revelado pela imprensa em janeiro de 2024. O inquérito se baseia nas acusações do ex-deputado estadual do Paraná e empresário Antônio Celso Garcia, mais conhecido como Tony Garcia, que fez um acordo de colaboração premiada com Moro em 2004. 

Garcia alega que foi coagido e ameaçado por Moro para delatar casos de corrupção envolvendo autoridades com foro privilegiado, como ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), um corregedor da Polícia Federal, um juiz eleitoral, um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná e um presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

Segundo Garcia, Moro o usou como um "agente infiltrado" para obter provas ilegais contra essas autoridades, inclusive com o uso de escutas ambientais. Garcia também diz que Moro o orientou a se encontrar com um agente da Abin e que o ex-juiz tinha acesso a informações sigilosas do STJ e do TRF-4. 

O caso só foi descoberto pelo STF quando o juiz substituto de Moro, Eduardo Appio, encontrou indícios de irregularidades no acordo de delação e enviou o processo ao Supremo. O STF, então, consultou a PGR e a PF, que pediram a abertura do inquérito. O ministro Dias Toffoli determinou a suspensão de todos os processos envolvendo Garcia na Justiça Federal de Curitiba e no TRF-4 e ordenou que fossem enviadas cópias integrais desses processos ao STF.

Moro nega as acusações e diz que não houve qualquer irregularidade no acordo de delação. Ele afirma que não reconhece o "fantasioso relato do criminoso Tony Garcia" e que não cometeu crimes no Consórcio Garibaldi, que foi o motivo inicial da delação. Moro diz que sua defesa não teve acesso aos autos do inquérito e que desconhece a decisão do STF. 

O inquérito contra Moro é mais um capítulo da conturbada trajetória do ex-juiz, que ganhou fama nacional como o principal responsável pela Operação Lava Jato, mas que também enfrentou críticas e questionamentos sobre sua conduta e imparcialidade. Moro deixou a magistratura em 2018 para ser ministro da Justiça do governo Bolsonaro, mas rompeu com o presidente em 2020, acusando-o de interferir na PF. Em 2022, Moro se elegeu senador pelo União Brasil, um partido de centro-direita, e se tornou um dos principais opositores de Bolsonaro no Congresso.

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