O dia 8 de janeiro de 2023 foi um dos mais tristes e violentos da história recente do Brasil.
Uma multidão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, inconformados com a derrota nas eleições de 2022, invadiu e depredou os prédios dos Três Poderes da República, em Brasília, em uma tentativa de golpe contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ataque, que deixou dezenas de feridos e mais de mil presos, foi repudiado por autoridades, instituições e organizações nacionais e internacionais, que defenderam a democracia e a soberania popular.
O que motivou essa ação antidemocrática foi a recusa de Bolsonaro em reconhecer o resultado das urnas, que deram a vitória a Lula com 55% dos votos válidos, contra 45% do candidato do PL. Desde o dia da eleição, em outubro de 2022, Bolsonaro e seus aliados espalharam mentiras e acusações infundadas de fraude eleitoral, sem apresentar nenhuma prova. Eles também convocaram seus seguidores a protestar nas ruas e nas redes sociais, pedindo intervenção militar e o retorno de Bolsonaro ao poder.
No dia 8 de janeiro de 2023, um domingo, cerca de 4 mil bolsonaristas radicais saíram do Quartel-General do Exército e marcharam em direção à Praça dos Três Poderes, entrando em confronto com a Polícia Militar do Distrito Federal, que tentou impedir a invasão. Por volta das 15 horas, a multidão rompeu a barreira de segurança e ocupou a rampa e a laje de cobertura do Palácio do Congresso Nacional, enquanto parte do grupo conseguiu entrar e vandalizar o Congresso, o Palácio do Planalto e o Palácio do Supremo Tribunal Federal.
O presidente Lula, que estava em São Paulo no momento do ataque, decretou intervenção federal no Distrito Federal até o dia 31 de janeiro, com o objetivo de pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública. O decreto foi aprovado pelo Congresso Nacional dois dias depois. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo até o dia 15 de março pelo Supremo Tribunal Federal, por suspeita de conivência com os invasores.
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