A cidade de Maceió enfrenta uma grave crise ambiental e social causada pela mineração de sal-gema, realizada pela empresa Braskem desde a década de 1970. A extração do minério, usado na fabricação de soda cáustica e PVC, provocou uma instabilidade no solo que afetou cinco bairros da capital alagoana: Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol.
O problema começou a se manifestar em 2018, quando surgiram as primeiras rachaduras e crateras no bairro do Pinheiro, seguidas por um tremor de terra de magnitude 2,5. Somente em 2019, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmou que a mineração era a principal causa da situação. Desde então, mais de 14 mil imóveis precisaram ser desocupados na região, afetando cerca de 60 mil pessoas.
A Braskem iniciou um trabalho de fechamento e estabilização de 35 minas na área do Mutange e de Bebedouro, mas o risco de colapso ainda persiste. Em novembro de 2023, foram registrados cinco tremores de terra, que aumentaram a possibilidade de desabamento de uma das minas, a de número 18, localizada no bairro do Mutange, próximo à lagoa Mundaú.
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Segundo a Defesa Civil de Maceió, que emitiu um alerta para a população, o colapso da mina 18 pode gerar uma imensa cratera, que poderia engolir parte da lagoa e afetar o ecossistema do mangue. A água da lagoa se tornaria salgada e a biodiversidade seria prejudicada. Além disso, o desabamento poderia afetar também outras duas minas vizinhas, formando uma cratera em que caberia o estádio do Maracanã.
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A situação é alarmante e exige medidas urgentes das autoridades e da empresa responsável. A Braskem diz que está monitorando a situação e que já indenizou a maioria dos moradores afetados. O ministro dos Transportes e senador licenciado de Alagoas, Renan Filho, atribuiu a responsabilidade total à Braskem e disse que a empresa tentou negar o problema no início. A prefeitura de Maceió decretou situação de emergência e a Defesa Civil Nacional enviou uma equipe para avaliar o problema.
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