Lula em apuros! Apoio ao MST pode prejudicar seu mandato. Para a parte bolsonarista do governo é errado o presidente apoiar pessoas sem teto.
Mesmo sabendo que essa seria a atitude do atual presidente, o descontentamento das pessoas e do congresso aumentou na mesma medida que os ataques e invasões do MST criou uma luta justa para o governo Lula e deu munição à oposição para lutar pela CPI.
Os parlamentares questionaram a "clemência" da ação do MST, enquanto a campanha falava em "sinais de alerta" sobre a demora do Executivo em escolher o chefe do Incra. Os números do Incra confirmam o que Salles defendia e mostram que as incursões aumentaram desde a chegada do governo Lula.
Os registros nos três primeiros meses do ano provavelmente superaram o total do ex-presidente Jair Bolsonaro em seu primeiro ano no poder, soando o alarme para autoridades e líderes do mercado do agronegócio.
Os parlamentares da oposição expressaram o apoio dos líderes da Câmara à instalação imediata da CPI do MST. As movimentações ocorreram após 1.700 famílias invadirem três terras produtivas da empresa Suzano Papel e Celulose, no sul da Bahia. A invasão de terras começou em fevereiro deste ano, cerca de 60 dias após o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e durou pouco mais de uma semana.
Segundo nota do MST, as famílias "exigiam a desapropriação imediata de grandes extensões de terra para a reforma agrária" e condenavam a monocultura do eucalipto na região e a concentração de terras por fazendeiros e agroindústrias na Bahia. Os lotes foram desocupados após decisão judicial.
Em meio a todo esse processo de insatisfação aparece a brecha para que uma trama se conclua. Seria muito fácil agora um ataque contra a pessoa do presidente. O Vidente Místico da Bahia fez previsão bombástica.
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